Cogumelos para o bem


Fonte de antioxidantes, vitaminas e minerais, eles são pequenas joias para a saúde. E como são gostosos, hein?

Sejamos claros: os cogumelos parecem ter saído de histórias infantis protagonizados por duendes e fadinhas, mas na realidade eles são mesmo parentes do mofo.

Chamados de “macrofungos”, eles sobrevivem e se alimentam da decomposição de matéria orgânica, como madeira e folhas mortas, e adoram ambientes úmidos e escuros. Mas essa origem, digamos, “rústica” não é capaz de mostrar quanto de sabor e benefícios nutricionais esses alimentos realmente fantásticos congregam.

Existem cerca de 45 mil espécies de cogumelos na natureza atualmente. Desse total incrível, 2.000 são comestíveis (e 4.500 são consideradas venenosas, mas isso é detalhe). Consumir cogumelos é um hábito cada vez mais celebrado pela comunidade científica. Diversas pesquisas já demonstraram o arsenal de substâncias valiosas presentes nesses organismos – que, aliás, vivem no meio-termo entre os reinos animal e o vegetal, o mundo particular dos “funghi”. Entre esses compostos fabulosos estão as beta-glicanas.

Beta-glicanas são carboidratos presentes na parede celular dos cogumelos. Para resumir, elas são capazes de estimular as defesas naturais do corpo humano e ajudar a combater infecções e até mesmo alguns tumores.

Os apreciadores de cogumelos só têm mesmo a comemorar: além das beta-glicanas, eles contêm substâncias antioxidantes (que neutralizam moléculas danosas ao corpo, os radicais livres, causadores do envelhecimento de órgãos e tecidos). Selênio, polifenóis e ergotionina são algumas delas. O champignon, por exemplo, é excelente fonte de selênio, enquanto o shimeji é bastante rico em ácido fólico, que previne disfunções fetais e agiliza a memória.

Alguns tipos de cogumelos comestíveis são facilmente encontrados em quaisquer mercados hoje em dia, em variedades muito saborosas e que ficam ótimas refogadas, em molhos, como acompanhamento de assados e mesmo em quiches e sopas. É escolher seu favorito e se esbaldar em sabor e saúde.

Shimeji
Muito conhecido pelos frequentadores de restaurantes japoneses, em sua forma branca e preta, o shimeji é o campeão do ácido fólico. Esse tipo fornece ainda o ergosterol, um precursor da vitamina D fundamental para a fixação do cálcio nos ossos. Diversas receitas hoje contam com o sabor delicado do shimeji, como as quiches, mas ele também fica ótimo apenas acompanhado de legumes no vapor.

Shitake
Além das beta-glicanas, o shitake contém substâncias que atuam para melhorar o humor e, de acordo com pesquisas recentes, pode agir até mesmo contra doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer. O fósforo, que reduz a fadiga, também está presente nesse cogumelo – que é de um sabor forte e aroma delicioso e fica perfeito, por exemplo, combinado com queijos na cobertura de pizzas.

Champignon / Paris
Cheio de proteína e de ácido fólico, o champignon ou Paris (aquele com mais “jeitinho de cogumelo”) é ótima fonte de selênio e de outros minerais, como o cobre, que ajuda a prevenir a anemia, e o potássio, benéfico para os músculos. Na culinária, ele é o mais indicado para dar uma graça a mais nas carnes assadas e seus molhos.

Portobello
Também conhecido como Cogumelo Pardo Gigante, o Portobello é o predileto dos norte-americanos e franceses. Além de possuir quase as mesmas características nutricionais que seus “primos”, ele é muito versátil para a culinária. Com boa textura e polpa grossa, ele conquista pelo aroma delicado e pela facilidade de digestão. Com seu tamanho avantajado, fica ótimo recheado com queijos.

Funghi Secchi
O conteúdo dos saquinhos com a inscrição “funghi secchi” pode ser um tipo único de cogumelo italiano ou outros cogumelos na forma desidratada – e que dão um sabor único em risotos e molhos cremosos para massas, por exemplo. E também são ricos em bons nutrientes, como vitamina B1, B2, B3, potássio, sódio e fósforo. Antes de serem usados, os cogumelos secos precisam ser hidratados por cerca de 20 minutos em água morna.

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